Sol Mi Blues

Canta e toca na flauta a canção "Sol Mi Blues", de José Carlos Godinho, para praticares a leitura/execução das notas sol e mi, bem como da semínima e da pausa de semínima. 





O Chinês

Canta a canção com a gravação e depois executa-a na flauta. Assim, poderás praticar a escala pentatónica de dó e as semicolcheias (quatro sons de igual duração numa pulsação).



Introdução, Interlúdio e Coda

A Introdução é a secção inicial de uma peça que não começa diretamente pelo tema.

O Interlúdio é uma parte instrumental entre duas secções de uma peça musical onde a voz/canto assume um papel preponderante.

A Coda, termo italiano que significa cauda, é a secção com que se conclui uma peça musical.


Os arranjos, de Carlos Gomes e Gilberto Costa, respetivamente, das canções "Sansa Kroma" (tradicional do Gana) e "Zum gali gali" (tradicional israelita), disponibilizados pela Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM) na sua plataforma digital Cantar Mais - Mundos com voz, são dois bons exemplos de peças que integram estes elementos formais.

 

Forma da peça Sansa Kroma:




Forma da peça Zum gali gali:


Densidade Sonora

 A Densidade Sonora refere-se à quantidade de sons que são produzidos em simultâneo. Assim, podemos classificar as obras musicais, ou as secções que as compõem, como muito ou pouco densas.


Exemplo de Grande densidade sonora - Excerto da Sinfonia N.º 8 do compositor austríaco Gustav Mahler (1860-1911). Esta obra é conhecida como a "Sinfonia dos Mil", por envolver uma enormíssima quantidade de músicos (instrumentistas e cantores). 


Exemplo de variação de densidade sonora - Quarto andamento da Sinfonia N.º 45 ("Sinfonia do Adeus"), do compositor austríaco Joseph Haydn (1732-1809).

«As circunstâncias em que foi composta a Sinfonia n.º 45 dita “do Adeus” (Abschieds-Symphonie no alemão antigo original) de J. Haydn são bem conhecidas, uma vez que foram relatadas pelo próprio compositor aos seus biógrafos, ainda que muitos anos depois do sucedido. Em 1772, o Príncipe Nikolaus Esterházy, patrono do compositor, decidiu prolongar a sua estadia no seu palácio favorito de veraneio, Ezsterháza, na Hungria rural. Esta situação não agradou aos músicos que haviam deixado as suas famílias em Eisenstadt, a residência da corte, e estes pediram a Haydn que por eles intercedesse junto do Príncipe. Em vez de um pedido formal, o Mestre de Capela terá então composto o célebre final em que os músicos gradualmente apagam a vela da sua estante e se retiram, até só restarem dois violinos em palco, que terminam o andamento em surdina. A mensagem terá sido tão percetível que no dia seguinte toda a corte regressou a Eisenstadt.» Fernando Miguel Jalôto, 2017, In http://www.casadamusica.com/pt/artistas-e-obras/obras/s/sinfonia-dos-adeuses-joseph-haydn



Escalas Diatónicas Maiores e Menores

As Escalas Diatónicas são sequências de sete notas (sendo a oitava a repetição da primeira) que formam entre si uma ordem específica de intervalos. Na música ocidental predominam dois tipos de escalas diatónicas, as Maiores e as Menores.

  • Escalas Diatónicas Maiores
Estas escalas são constituídas pela seguinte sequência intervalar: Tom, Tom, Meio-tom, Tom, Tom, Tom, Meio-tom. Os Meios-tons terão sempre de se situar entre a terceira nota e a quarta e entre a sétima e a oitava, ou seja, do III para o IV e do VII para o VIII graus da escala. 
Seguindo esta ordem de intervalos a partir da nota dó obtém-se a Escala Diatónica de Dó Maior, a única escala deste tipo que não necessita de alterações musicais acidentais.



Na construção das restantes escalas diatónicas maiores é necessário alterar notas para que seja possível manter esta relação intervalar.

Exemplo: Escala Diatónica de Sol Maior


    

No entanto, as alterações (acidentes musicais) devem ser colocadas no início da pauta, a seguir à clave - armação de clave, tal como na imagem que se segue.





As alterações que aparecem na armação de clave são aplicadas a todas as notas com o mesmo nome, independentemente da oitava em que se encontrem.

A armação de clave está dependente da primeira nota da escala e pode ser constituída por sustenidos ou bemóis, consoante a necessidade de subir uma nota, afastando-a da anterior, ou de a descer, aproximando-a daquela que está antes de si.

Exemplo: Escala Diatónica de Fá Maior









  • Escalas Diatónicas Menores
Há três formas de Escalas Diatónicas Menores: as Naturais, as Harmónicas e as Melódicas. Todavia, as Escalas Diatónicas Menores Melódicas não serão aqui abordadas, por serem muito menos utilizadas, assumindo uma maior relevância teórica do que prática.

A sequência de Tons e Meios-tons numa Escala Diatónica Menor Natural é a seguinte:

Exemplo: Escala Diatónica de Lá Menor Natural (escala que, por não necessitar de acidentes na armação de clave, serve de modelo a todas as outras escalas deste tipo)








A Escala Diatónica Menor Harmónica é idêntica à anterior, no entanto, o sétimo grau é subido, ficando a Meio-tom da Tónica (Nota que dá o nome à escala - primeira/oitava).

Exemplo: Escala Diatónica de Lá Menor Harmónica






No vídeo seguinte poderás ouvir um exemplo de cada uma das escalas descritas.



Monorritmia e Polirritmia

O conceito de Monorritmia é usado para descrever qualquer trecho musical composto por uma única linha rítmica.
Por outro lado, a palavra Polirritmia refere-se à sobreposição de duas ou mais linhas rítmicas contrastantes.

Na peça "Clapping Music", do compositor americano Steve Reich (nascido a 3 de outubro de 1936), é possível identificar claramente estes dois recursos: a monorritmia, no início e na parte final, quando ambos os músicos executam o mesmo padrão rítmico, e a polirritmia no resto da obra.


Nota: A London Sinfonietta, em parceria com a Touchpress e a Queen Mary University of London, criou um jogo interativo baseado nesta peça icónica de Steve Reich. descarrega-o da Play Store/App Store, de forma gratuita, e desenvolve as tuas aptidões rítmicas.  

Síncopa

 A síncopa, ou síncope, ocorre quando:

a)     um som começa num tempo fraco e é prolongado para o tempo forte seguinte.

 

Legenda: TF - Tempo Forte; Tf - Tempo fraco.



b) um som começa na parte fraca de um tempo e é prolongado para a parte forte do tempo seguinte.

 

Legenda: PF - Parte Forte; Pf - Parte fraca.


Motivo e Frase

O discurso musical é constituído por motivos e frases. O motivo é uma pequena sequência de sons (ritmo ou notas musicais) que serve de ba...