Rondó

Rondó é uma forma musical caracterizada pela alternância de um tema principal (A, que funciona como refrão) com outros temas secundários (B,C,D…).


A famosa Abertura da ópera Carmen, do compositor francês Georges Bizet (25 de outubro de 1838 - 3 de junho de 1875), está composta segundo esta estrutura.



A bagatela para piano solo "Fur Elise", do compositor Ludwig Van Bethoven (dezembro de 1770 - 26 de março de 1827), é outro bom exemplo de forma Rondó.


Alterações Musicais Acidentais

As Alterações Musicais Acidentais (ou, simplesmente, Acidentes Musicais) mais frequentes são o sustenido, o bemol e o bequadro.


Estes símbolos são utilizados na notação musical para alterar a altura das notas em meio-tom (intervalo mais curto que podemos tocar nos nossos instrumentos - num teclado, corresponde à execução de duas teclas contíguas).

O sustenido torna a nota a que estiver associado meio-tom mais aguda (sobe meio-tom). 

O bemol torna a nota a que estiver associado meio-tom mais grave (baixa meio-tom).

O bequadro desfaz o efeito do sustenido e do bemol. 



Os acidentes musicais podem aparecer numa partitura da seguinte forma:

Acidentes fixos – Acidentes colocados no início da pauta, a seguir à clave, que afetam todas as notas do mesmo nome, ao longo dessa pauta. A este conjunto de acidentes (sustenidos ou bemóis) também podemos chamar armação de clave.



Acidentes ocorrentes – Acidentes colocados antes de uma nota. O seu efeito limita-se ao compasso em que aparecem.



Acidentes de precaução - Como o nome indica, são acidentes utilizados para prevenir eventuais erros de leitura. É habitual colocar estes acidentes entre parênteses.



 

Anacrusa

A Anacrusa, ou Anacruse, ocorre quando uma peça, ou uma frase musical, não começa no primeiro tempo do compasso (tempo forte). Geralmente, o último compasso das partituras com anacrusas também se encontram incompletos, possuindo o número de tempos que faltam no compasso da anacrusa.


PARABÉNS A VOCÊ



Alteração Tímbrica

A Alteração Tímbrica é a modificação do timbre de um instrumento musical, ou de qualquer outra fonte sonora.

Atenta aos exemplos seguintes:

1- O timbre do trompete pode ser alterado com o auxílio de uma surdina.
 

 

2- O pizzicato, técnica de execução dos instrumentos de corda friccionada da orquestra (violino, viola, violoncelo e contrabaixo) em que as cordas são beliscadas pelos dedos, é um recurso utilizado muitas vezes para modificar o timbre do violino.




 3- O "Piano Preparado" consiste na colocação de diferentes objetos, tais como pequenas cunhas de metal, parafusos, madeira, borracha, algodão, cortiça e feltro entre as cordas do piano e foi inventado pelo compositor John Cage (1912-1992) nos anos de 1930, com o objetivo de obter novos timbres.


 

Harmonia Tímbrica e Realce Tímbrico

Harmonia Tímbrica Quando existe um equilíbrio ou semelhança entre timbres e nenhum se destaca.

Realce Tímbrico – Quando um timbre se destaca ou sobressai em relação a outros timbres.




Contratempo

O Contratempo é uma alteração da acentuação métrica natural e pode ocorrer tanto ao nível do compasso como ao nível da pulsação.


Contratempo de Compasso - Existência de som nos tempos fracos dos compassos e de silêncio nos tempos fortes.









Legenda: TF - Tempo Forte; Tf - Tempo fraco; Tmf - Tempo meio forte.


Contratempo de Pulsação - Existência de som na parte fraca do tempo/pulsação e de silêncio na sua parte forte.



 


Legenda: PF - Parte Forte; Pf - Parte fraca.

Epo e tai tai e

Ouve algumas versões da canção tradicional maori (os Maoris são o povo nativo da Nova Zelândia) Epo e tai tai e.





Canta a melodia com a gravação seguinte.


 
Interpreta a canção a capella (sem qualquer acompanhamento instrumental).
Quando dominares a melodia, podes criar alguns ostinatos rítmicos e executá-los em timbres corporais para acompanhamento da canção. 

Diverte-te!!

Ostinato

Ostinato é uma palavra de origem italiana que significa obstinado ou persistente. Um ostinato musical é, portanto, um motivo rítmico ou melódico que é insistentemente repetido durante uma peça, ou durante parte dela.

O Bolero, do compositor francês Maurice Ravel (1875 – 1937), é um excelente exemplo da utilização deste recurso musical. Presta atenção ao ostinato rítmico, executado pela caixa de rufo, e ao ostinato melódico, tocado pelas violas e pelos violoncelos em pizzicato.


Figura 1

Ostinato Rítmico - Caixa de Rufo


Figura 2

Ostinato Melódico - Violas e Violoncelos



Ligadura de prolongação

 A Ligadura de Prolongação é uma linha curva que se coloca por cima ou por baixo das figuras rítmicas ligando-as entre si. A sua execução consiste em tocar a primeira figura e prolongar a duração do som obtido pelo tempo correspondente às figuras que estiverem ligadas.

                                Exemplos:


Ponto de aumentação

 O Ponto de Aumentação pode ser associado a qualquer figura rítmica, colocando-se sempre à sua direita e acrescentando-lhe metade da sua duração.

                             Exemplos:



Escala Diatónica de Dó Maior

A Escala Diatónica de Dó Maior é a sucessão ordenada, de forma ascendente ou descendente, das sete notas musicais (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si).

Repara na posição (na pauta, na flauta e no teclado) de cada uma das notas que formam a escala diatónica de dó maior.




A canção "Do-Re-Mi", do musical "The Sound of Music" (Musica no Coração) é ótima para aprenderes a entoar a escala diatónica de Dó Maior.



Executa a escala diatónica de Dó maior na flauta, acompanhando o vídeo.


Famílias de timbres dos instrumentos da Orquestra Sinfónica

O sistema de classificação de instrumentos Hornbostel-Sachs é, atualmente, o método mais utilizado em Organologia (disciplina que trata da descrição e da classificação de qualquer instrumento musical) para classificar instrumentos musicais. Foi desenvolvido em 1914 pelo etnomusicólogo austríaco Erich von Hornbostel e pelo musicólogo alemão Curt Sachs e possui quatro categorias principais (Cordofones, Aerofones, Idiofones e Membranofones), com muitos níveis e várias subdivisões, como os ramos de uma árvore, onde é possível enquadrar qualquer instrumento.

Nota: Para além destas quatro categorias definidas originalmente pelos autores do método, na segunda metade do século XX, houve a necessidade de se acrescentar uma outra: os eletrofones (instrumentos musicais que necessitam de eletricidade para produzirem sons). 


Os Cordofones são instrumentos que produzem sons através da vibração de cordas tensionadas.




Os Aerofones são instrumentos cujo som é produzido pela vibração do ar, ou pela sua passagem através de arestas ou palhetas.




Os Idiofones são instrumentos cujo som resulta da vibração do corpo do próprio instrumento, ou por alguma das suas partes.




Os Membranofones são instrumentos cujo som é produzido pela vibração de uma membrana (pele) esticada.



Todos estes instrumentos ocupam uma posição específica na orquestra: os cordofones à frente, os aerofones no meio e os idiofones e membranofones atrás.



Assiste às apresentações de alguns destes instrumentos realizadas pelos músicos da Orquestra Gulbenkian, clicando AQUI.

AQUI encontrarás um conjunto de vídeos onde os músicos da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (Brasil) apresentam os seus instrumentos.

Forma Binária (AB) e Ternária (ABA)

A Forma é um conceito transversal aos vários tipos de expressão artística (música, arquitetura, pintura, literatura…) e refere-se ao aspeto externo, à estrutura da obra de arte.

Em Música, a Forma é “entendida como sinónimo da organização de uma obra ou secção musical, com eventuais repetições, variações e contrastes. É muitas vezes designada por letras ou por terminologia específica como, por exemplo, forma binária ou bipartida (AB), ternária ou tripartida (ABA). Remete para a organização dos elementos constituintes duma obra: a sua arquitetura composicional, o seu desenvolvimento, a disposição das ideias musicais, etc.” (in https://www.cantarmais.pt/pt/formacao/glossario/F)

Repara nos desenhos das igrejas que se seguem. A primeira é constituída por duas partes distintas (a Torre e a Capela) e a segunda possui três partes, sendo duas delas iguais (Torre, Capela, Torre).



Podemos encontrar em muitas peças musicais estes dois tipos de estruturação, são as formas Binária (AB) e ternária (ABA).



Escala Pentatónica

A escala pentatónica é uma sucessão ordenada, de forma ascendente ou descendente, de cinco notas, que é muito utilizada na música chinesa.

Repara na posição de cada uma das notas que formam a escala pentatónica de dó, na pauta, na flauta e no teclado.




Repara no poder da escala pentatónica, através da demonstração de Bobby Mcferrin.


  


            Canta e toca a peça seguinte:



Crescendo e Diminuendo

O Crescendo é um aumento gradual da intensidade sonora. Na escrita musical, esta variação de intensidade pode aparecer com a palavra abreviada (Cresc.) ou com o símbolo seguinte:



O Diminuendo, ou Decrescendo, como o nome indica, é o oposto do crescendo, ou seja, uma diminuição gradual do volume sonoro. Na escrita musical pode surgir com a abreviatura da palavra (Dim./Decresc.) ou com o símbolo seguinte:



Audições Ativas

 Acompanha as gravações, executando os ritmos propostos em timbres corporais.






Notas Sol, Mi, Lá e Ré

  Repara na posição das notas Sol, Mi, Lá e Ré, na pauta, na flauta e no teclado.




Canta e toca a peça "Yamanô"




Figuras rítmicas

 As Figuras rítmicas são símbolos musicais que representam a duração dos sons.

Observa o esquema seguinte e repara na relação entre as várias figuras: a "figura mãe", a que possui maior duração, é a semibreve. A mínima tem metade da duração da semibreve. A semínima vale metade da mínima e a quarta parte da semibreve. A colcheia tem metade da duração da semínima,  a quarta parte da mínima e a oitava parte da semibreve.


Os silêncios são representados por Pausas que têm o nome das figuras rítmicas com a mesma duração.





Andamentos: Adágio, Moderato e Presto

Cada  peça musical possui a sua própria pulsação. É a velocidade da pulsação que define o andamento da música. Em linguagem musical utilizamos as palavras (de origem italiana) Adágio, Moderato e Presto para indicar, respetivamente, os andamentos Lento, Moderado e Rápido.


 

Adágio
2.º andamento do "Concerto de Aranjuez", do compositor Joaquín Rodrigo, interpretado ao vivo pelo guitarrista Pablo Sáinz-Villegas, acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Berlim.




Moderato
"Moderato" do bailado O Lago dos Cisnes, de tchaikovsky, interpretado pela Orquestra Johann Strauss.


Presto
3.º andamento do concerto N.º 2 (Verão) de "As Quatro Estações", do compositor Antonio Vivaldi. Interpretado pelos violoncelistas Luka Sulic e Hauser (2Cellos).




Notas Sol, Mi e Lá

 Repara na posição das notas Sol, Mi e Lá, na pauta, na flauta e no teclado.


    
         
Realiza o exercício de imitação do vídeo seguinte.

Fórmula de compasso

Compasso  é uma porção da pauta musical limitada por duas barras verticais (barras de compasso) consecutivas. Esta divisão métrica visível na notação musical (na partitura) é facilmente sentida auditivamente, pela regularidade de tempos fortes e fracos (sons mais ou menos acentuados).

Fórmula de compasso surge no início de uma peça musical a seguir à clave e, geralmente, é composta por dois números. O número superior indica a quantidade de tempos, ou pulsações, por compasso e o inferior dá-nos a figura musical que valerá uma pulsação (unidade de tempo).


Fórmula de Compasso Binário

Fórmula de Compasso Ternário

Fórmula de Compasso Quaternário



Exemplo de uma obra em compasso binário:
Marcha "The Stars and Stripes Forever", de John Philip Sousa, pela Orquestra Filarmónica de Viena, dirigida pelo maestro Gustavo Dundamel.



Exemplo de uma obra em compasso ternário:
"Valsa N.º 2", da Suite para Orquestra de Variedades, de Dmitri Shostakovich, interpretada pela Orquestra Johann Strauss, de André Rieu.


Exemplo de uma obra em compasso quaternário:
"Ode à Alegria" - Tema do 4.º andamento da Sinfonia N.º 9 de Ludwig van Beethoven.

Motivo e Frase

O discurso musical é constituído por motivos e frases. O motivo é uma pequena sequência de sons (ritmo ou notas musicais) que serve de ba...